quinta-feira, 17 de maio de 2007

resposta ao desafio


sei que existes, desafiou-me. Aqui fica a resposta ao desafio e os/as novos /as desafiados/as


quero: que o mundo e tudo nele seja de toda a humanidade e não só de alguns
tenho: fome de justiça e de fraternidade
acho: que temos o poder de moldar e mudar nossas vidas
odeio: Nada! Não odeio. Há muita coisa de que não gosto, me fere, e detesto até...Mas não odeio nada
sinto: dor ao ver o que estamos deixando fazer e logo, mais directa ou indirectamente, fazendo uns aos outros e ao planeta
escuto: as pessoas! Mesmo as que não conheço. E as vozes que circulam no ar e nos murmúrios dos ventos e das plantas
cheiro: o ar fresco da manhã, a terra depois da chuva, a maresia
imploro: nada! espero nunca necessitar implorar pois é contra estas coisas que me indigno. Sou pelos direitos e dignidade de tudo e todos e na dignidade há coisas que não cabem. Implorar
é uma delas. Mas poderia implorar por uma vida.
procuro: ser uma pessoa melhor
arrependo-me: de nada! Se percebo que errei peço desculpa e tento corrigir. Mas não vale a pena arrepender. No momento, nas circunstâncias, com o conhecimento que tinha, terei feito o que melhor achei.
amo: a VIDA lato senso e tudo o que nela existe. Seres humanos e outros de outras espécies. Muito as filhas e neta. Também a mim e amizades.
sinto dor: Ora bolas...Como falar disto? Cada vez sinto mais dor, mais dores...tanta injustiça que vejo...Ao vivo e à distância, tanta maldade, hipocrisia, tanta coisa negativa e que de humana nada tem...
sinto a falta: do verdadeiro e solidário respeito de uns pelos outros, independentemente de todas as diferenças. Sejam quais forem.... São elas que nos tornam ricos!
importo-me
: com os problemas que se criam e se alimentam em casa e no mundo: a fome, a injustiça, as guerras, a indiferença (arma mortífera), etc
sempre: estou
não fico: á espera que alguém resolva “AS”coisas. Procuro resolver as minhas e se puder dar força para empurrar para boas e pacificas resoluções tantas situações injustas que grassam no mundo junto minha voz ou assinatura
acredito: que somos todos irmãos e que a humanidade um dia(?) vai entender e assim funcionar
danço: muitas vezes pela casa. Mas muitas mais nos rodopios dos ventos e brisas ainda que por vezes mentalmente Não me apetece que me enfiem num colete de forças e acreditem que com as inopinadas coisas que faço....)
canto: pouco, mas quando canto, canto mesmo. Com prazer e vontade.
choro: pela desumanidade que deixamos criar ao nosso redor e suas dolorosas consequências em tantos de nós e tantos cantos do mundo
falho: vezes de mais o meu objectivo de ser uma pessoa melhor a cada dia.
Falho quando me desamo e logo não ouço, nem vejo os outros (a gente pensa que sim, mas é uma ilusão) porque me deixo prender nas malhas do auto-desamor e quem se não ama não espalha bem-estar. alegria, paz e amor ao redor ainda k pense que o faz..
luto: todos os dias contra os sentimentos negativos e as agruras da vida.
escrevo: sempre.
ganho: quando sou capaz de por um sorriso no rosto de alguém, de inverter algo injusto; de passar um dia construtivo, de criar um pequeno espaço de serenidade que dêe bem estar não só
a mim, mas também.
perco: quando não sou capaz de fazer o que atrás referi. Quando me zango, me irrito.Quando deixo de ouvir um pedido de ajuda mesmo que não expresso.
confundo-me: com todo e qualquer preconceito; - seja num plano individual seja colectivo ou de países; com a mentira intencional para fazer mal ou obter lucro a todo e qualquer preço; com a ideia de que há seres superiores a outros...e mais coisas
estou: Viva!
fico feliz: quando vejo gente diferente ser solidária e fraterna porque afinal não há “gente diferente” mas só “GENTE”
tenho esperança: que o que me faz feliz venha a ser uma realidade num futuro que não sei quando ocorrerá, mas pelo qual devemos continuar a lutar. É das poucas lutas que faz sentido e vale a pena... E tabém quando as filhas se juntam e trocam segredos, confidências e se sente uma doce cumplicidade no ar
preciso: confiar nas pessoas. Acredito na bondade intrínseca do SER.
deveria: ser capaz de ver e corrigir os (meus) defeitos que não vejo
sou: EU. Inteira. Com defeitos e qualidades.
não gosto: da mentira, da hipocrisia, da falsidade, da corrupção; do ter em vez do ser; da ambição sem limites; dos preconceitoS, dos racismoS, da misoginia; do machismo; daS violênciaS; da indiferença; das GUERRAS.....


E da mesma forma que Sei que existes me passou este desafio o passo a:


Finúrias


Francisco Sobreira


gato escaldado e água quente


JPD


Laramablog


Lumife


Manel do Montado


Maria Mamede


Menina Marota


Teresa David


sexta-feira, 11 de maio de 2007

Sobre a "SOLIDÃO"

Esta semana, no Fotodicionário, no blogue Palavra Puxa Palavra, o tema a representar fotograficamente foi: Solidão.
Escolhi uma foto de muitas possíveis.
Abaixo elenquei mais algumas que correm em slide-show.
Se clicares, sobre a imagem, em baixo, aparece-te a legenda que lhe dei, com a qual prentendo dizer da solidão que ali senti. Sinto.
E como a matéria em si, tanto quanto sabemos/sei não sente, projecto nela, através dos humanos actos que ali, àquele modo ou estado as conduziram, o humano conceito de solidões.
Pois se a solidão, por si só, não existe, nós, humanos, porfiamos em criá-la, construí-la...alimentá-la.
Porque estar só.
Isolado.
Não é, por si, sem mais, sinónimo de solidão.


terça-feira, 8 de maio de 2007

ERGA O SILÊNCIO A VOZ


I

erga o silêncio a voz
e as nossas se calem
silenciadas
que as palavras
não ditas, por mal ditas
não façam do silêncio nossa fala.


II

com o silêncio se mata
a falsa voz
para que nunca
em nós
feneça a fala.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Fotodicionário - "LIMITE"

Foi esta a palavra escolhida e indicada para fotograficamente a representarmos esta semana: LIMITE.

Limites há muitos.
Optei por um limite simbólico específico.

O da colocação das "maias" em todas as entradas,orifícios e espaços por onde o diabo possa adentrar as habitações, desassossegando quem lá mora.

Este é um costume pagão que o catolicismo ou o cristianismo adaptou/adotou e com o qual as populações do norte de Portugal se protegem simbolicamnete da força de todos os males.

Fotografei portas e janelas, até de casas desabitadas se atentarem nalgumas das janelas, porque, portas e janelas são, em si e por si, outra expressão de "limite".

Limite às desfavoráveis condições climatéricas:frio, calor,chuva,ventos e não só. Também, e cada vez mais,dos intrusos.
Dos que aparecem sem ser convidados e daqueles que invadem, roubam e ameaçam a segurança de cada lar.

A carga simbólica deste costume - que só foi por mim descoberto quando me mudei do sul para o norte, há 34 anos- fascina-me.

Será que as pessoas ainda não descobriram que o diabo está dentro de cada um de nós, assim como o seu oposto?