Foi minha opção porque o meu cérebro para aí me encaminhou desde o início, representá-la com imagens de gestos simples, mas ousados na sua pureza e inocência.
Estive dividida entre uma das fotos da Inês que abaixo surgem.
O que a nós nos surge como mera brincadeira, e o é também para ela, é também um acto de ousadia: o fazer caretas a um adulto.
Um risco calculado, pois sabe a quem se dirige, mas na criança este é um jogo de coragem e ousadia em que desafia o adulto que confronta e só quando este entra na brincadeira a ousadia deixa de o ser e passa a jogo de inocência e leveza.
O segundo conjunto da Inês (vêm de baixo para cima) representa a primeira vez que ousou subir sozinha íngreme, velha e desprotegida escadaria de pedra em blocos de granito gastos, polidos e por isso escorregadios e perigosos.
O aceno de satisfação por estar lá, sozinha e a descida cautelosa....de rabiote.
Ousadia é bom, mas não abusar também!
A minha decisão final, em termos de escolha, foi para esta foto da filhot'Alexadra - tenho várias em sequência - quando há muitos anos, no campismo, um pardal pousou nela.
E da ousadia do pardal com a timidez dela e o seu cuidado em mover braços e mãos esta imagem de ternura, mas também de ousadia da pequena ave.
Porque os pardais (e não só) costumam fugir dos humanos....