Os ventos do sul repousam nos templos,
imortais santuários das nereidas.
Interrogas a sabedoria das árvores,
a serena face do mito.
Confessas a emergência da escrita,
a angústia de um universo
esvaziado de símbolos,
despido da secreta alteridade das sombras.
Admiras os divinos jardins de âmbar,
as infinitas planícies do êxtase.
Depousas as sandálias e o manto de púrpura
e decifras a linguagem dos desertos.
Os deuses veneram a tua excelsa beleza
e as transparências da tua voz,
e afagam o teu corpo de alabastro,
esse espelho de branca seda
onde anoitecem as palavras.
imortais santuários das nereidas.
Interrogas a sabedoria das árvores,
a serena face do mito.
Confessas a emergência da escrita,
a angústia de um universo
esvaziado de símbolos,
despido da secreta alteridade das sombras.
Admiras os divinos jardins de âmbar,
as infinitas planícies do êxtase.
Depousas as sandálias e o manto de púrpura
e decifras a linguagem dos desertos.
Os deuses veneram a tua excelsa beleza
e as transparências da tua voz,
e afagam o teu corpo de alabastro,
esse espelho de branca seda
onde anoitecem as palavras.
Barcelos, Isabel Aguiar
3 comentários:
das serpentes mto haveria a dizer, e as piores nem são as rastejantes...
Bjs
TD
Gostei particularmente destes últimos dois versos:
"esse espelho de branca seda
onde anoitecem as palavras"
Onde há poesia, ela é transparente...
Visitando e pondo a leitura em dia.
Bjs
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