no tecido de pedra
por ela a luz entra
sai a curiosidade
o olhar se expande
e respira a casa
no passar dos tempos
no abandono das gentes
rasga-se o tecido
que a sustenta
já não casa
já não janela
já não boca
por onde
circulam
olhar e ar.
simultaneidade
de rasgões
retalhos da casa
e das memórias
a céu aberto exposta
ferida.
(TMara)
Foto com que participei no FOTODICIONÁRIO do PPP da passada semana.
8 comentários:
Uma maravilha de foto com um poema lindo!! Tenho que te visitar mais vezes!!! Muitos beijos.
A fotografia fica ainda mais interessante, com a excelente "legenda" qe lhe colocas:))
A fotografia já era muito bonita. Assim, enriquecida com o texto, ficou mais completa.
A reconstrução sempre acontece.
Acho que te vou copiar e começar a pensar em textos para as minhas fotos :))))
PS: o poema é realmente muito belo
Muito belo. O conjunto foto/poema é uma maravilha
A ruína é sempre um retalho de memórias, dolorosas quando as janelas ainda têm rostos...
Um abraço
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