sábado, 28 de fevereiro de 2009

sobrevivência

o VENTO atingiu a solitária árvore. perdida na VASTEZA da planície, sentinela única daquele imenso OCEANO de terra calcinada a perder de vista a BATIDA forte do ar imprimiu-lhe uma OSCILAÇÃO. uma SACUDIDELA imprimiu-lhe um estremecimento semelhando hesitação na decisão a tomar. a SITUAÇÃO era desesperadora. a árvore, SOBERANA expressão de vida sentiu a seiva correr mais forte bem por DENTRO de si animando cada tronco, cada ramo. sentiu-se perdido NAVIO no meio de longínquo e inóspito mar. MORFEU, sentado num dos seus braços, trauteava canção de embalar enquanto fazia soar sua lira. a árvore sabia que não podia ceder. o sono seria fatal. a última expressão de vida desapareceria da superfície da imensa planície que se estendia a perder de vista. onde antes existiam florestas, bosques, verdes prados cheios de vida, animais de todas as espécies, caçando, preguiçando ao sol, lançando aos ares suas vozes. maviosas umas, quase assustadoras pela força e potência outras. a árvore lembrou com ternura o TIGRE que, durante anos adoptara os seus ramos como leito e como ponto de vigia de onde detectava caça ou adversários. pensou que, por todos eles, não cederia. o sono arrastaria a morte. a seiva pararia e ela, guardiã da vida, desapareceria. com ela toda a esperança de renascimento.

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